Uma visão de mundo naturalista...
Um ateu na Europa ocidental é só mais um de entre muitos ateus, agnósticos e indiferentes. Um ateu no Brasil é um de entre 2% da população, ou até menos. E pelos vistos, nos EUA a situação é semelhante.
É curiosa essa diferença cultural entre o velho e o novo mundo. Mas não ambiciono a explicar tal fenómeno num mero blog. O que descobri foi que surgiu recentemente nos EUA um movimento de ateus procupados com a sua exclusão dos cenários de decisão da sociedade americana, e resolveram introduzir um neologismo para amenizar o impacto do termo "ateu".
Assim, o verbo não se fez carne, mas o adjectivo fez-se nome, e bright deverá passar a ser uma designação mais light para ateus, agnósticos, descrentes, infiéis, humanistas e livres-pensadores, cansados de definições pela negativa e de associações de ideias com imoralidade, amoralidade, etc.
O processo de passar um adjectivo a substantivo para formar um neologismo não é novo. Aconteceu por exemplo com green/verde, com gay...
A principal dificuldade é que o adjectivo bright poderá neste caso fornecer material suficiente para trocadilhos e acusações de pretensão. O tempo o dirá. Mas à falta de uma alternativa melhor a propor, vou acrescentar esse termo ao léxico potencialmente útil para uma auto-definição.