Razão e paixão
O Augusto emprestou-me um livro de matemática (Elementos de Álgebra, de Arnaldo Garcia e Yves Lequain), e na página de dedicatória encontrei um belo poema. Trata-se de um samba-choro da autoria de Paulinho da Viola e Ferreira Gullar.
Depois de uma discussão por telefone, amistosa mas acalorada, com a minha amiga Mila, em que vieram ao de cima as diferenças de visão típicas entre alguém formado em exactas e alguém de humanísticas, entre um homem e uma mulher (para "agravar" as diferenças!), nada mais apropriado...
Solução de Vida
(Molejo Dialético)
Acreditei na razão
E a paixão me mostrou
Que eu não tinha razão
Acreditei na razão
E a razão se mostrou
Uma grande ilusão
Acreditei no destino
E deixei-me levar
E no fim
Tudo é sonho perdido
Só desatino, dores demais
Hoje com meus desenganos
Me ponho a pensar
Que na vida, paixão e razão
Ambas têm seu lugar
E por isso eu lhe digo
Que não é preciso
Buscar solução para a vida
Ela não é uma equação
Não tem que ser resolvida
A vida, portanto, meu caro,
Não tem solução
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