Distúrbios na França
Em alguns artigos de jornalistas e colunistas brasileiros, começa-se por falar dos problemas dos subúrbios de Paris referindo que os jovens revoltosos vivem confortavelmente, estando a sua pobreza relativa longe dos "padrões de pobreza" do Brasil. Essa é uma informação (...ou afirmação? Haverá uma diferença?...) útil para quem desconhecer completamente a realidade francesa, mas como afirmação, parece esquecer o essencial:
Nem só de pão vive o Homem, mas de dignidade e respeito.
Os jovens dos subúrbios franceses podem não passar fome, mas talvez tenham fome de respeito, de um papel na sociedade que lhes alimente o amor próprio, em vez de fazê-los sentirem-se cidadãos de segunda. Pode ser verdade que diferentes culturas e nações lidaram de diferentes formas com a discriminação. Poderá alegar-se que outros imigrantes (os portugueses, por exemplo) também estiveram sujeitos a discriminação e a serem relegados para lugares sociais menos desejáveis, mas nem por isso cederam à tentação da revolta, e a prazo (no prazo de 1 ou 2 gerações, geralmente...) conseguiram uma boa integração.
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